Tumor cerebral
Um tumor cerebral é uma massa de células que crescem desordenadamente no cérebro. Os tumores podem ter uma linhagem benigna ou maligna, sendo geralmente graves, pois crescem comprimindo e causando lesões às outras estruturas no cérebro. Mais de 50% são lesões secundárias a outro câncer, sendo o de pulmão o mais comum, seguido do de mama, rim e do melanoma. Quando primariamente do tecido cerebral, na grande maioria originam-se das células da glia, formando os gliomas. Podem também se originar da meninge tornando-se meningeomas, de nervos, vasos sanguineos, glândulas e outros.
Os sintomas específicos de um tumor cerebral dependem de seu tamanho e do local em que ele se encontra no cérebro. O déficit neurológico progressivo, manifestado por perda de força e sensibilidade, apresenta-se em 68% dos casos, sendo o sintoma mais comum, seguido de dor de cabeça, 54% e crises convulsivas, 26%.
Para o diagnóstico é necessário uma história clínica compatível, um exame neurológico bem feito e fundamentalmente exames de imagem como tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética. Além desses é necessário um estudo histopatológico da lesão através de biópsia, para um diagnóstico específico da lesão.
O objetivo de tratamento de qualquer doença é a cura. Nos tumores cerebrais não é diferente. O primeiro passo é ter um diagnóstico preciso da lesão e a partir de então estabelecer uma conduta, se possível a cura. Caso seja impossível, concentrar os esforços no controle da doença, para minimizar as conseqüências e o sofrimento.
A cirurgia é a primeira escolha, sendo em muitos casos o tratamento definitivo, porém deve-se levar em consideração fatores importantes como a localização e agressividade do tumor, e as condições clínicas do enfermo. Em muitos outros casos somente uma retirada parcial da lesão é possível e é capaz de reduzir a pressão intracraniana e melhorar os sintomas. A biópsia é necessária para confirmação do diagnóstico e muitas vezes suficiente para a seqüência do tratamento.
Em alguns tumores cerebrais, principalmente os malignos, é necessário um tratamento adjuvante através da radioterapia, radiocirurgia e quimioterapia, que em casos selecionados são importantes para manter o controle e até reduzir certos tipos de tumor. É importante que seja feito um acompanhamento por uma equipe multidisciplinar, envolvendo Neurocirurgião, Oncologista, Radioterapeuta entre outros, visto que a união dos profissionais tenta sempre convergir no melhor tratamento para que seja oferecido ao paciente a melhor qualidade de vida possível e muitas vezes a cura.